Saturday, November 28, 2009

OS TRISTONHOS DETRACTORES DE TROUFA REAL

Nuno Teotónio Pereira foi um dos "vultos" que vieram a público condenar a igreja que a paróquia do Restelo tem em construção, com projecto do arquitecto Troufa Real. O (também) arquitecto manifestou-se em tons bastante contundentes para a obra do colega Troufa que, na desportiva, desvalorizou a opinião do velhote e assumiu que gosta de uma arquitectura que dê nas vistas, que privilegie a criatividade, a imaginação (palavras minhas, o que me ficou do que se publicou sobre o assunto).

Para que os meus queridos leitorzinhos percebam do que estão a falar os dois arquitectos, chapo aí ao lado um prédio (aliás "uma unidade urbanística de habitação", desculpem-me ter-lhe chamado prédio...) projectado por Le Corbusier que Teotónio Pereira considera ter sido a obra que o inspirou, impressionou e empolgou (?!).

O prédio (insisto no erro...) é do mais corriqueiro que imaginar se possa e apenas umas paredezitas coloridas introduzem no projecto um pequenino toque de arrojo. Isso, e o facto de ser uma ilha, bem ao gosto da carta de Atenas, o que, convenhamos, não o torna menos corriqueiro nem mais espectacular e/ou arrojado...

Percebe-se, pois, que o decrépito arquitecto não consiga acompanhar a pedalada do colega Troufa que, não obstante já ter passado os 70, sempre teve um sentido de actualidade e modernismo que desmentem a idade que já vai tendo.

Alguns edifícios na zona sul da Expo da autoria do arquitecto Troufa Real mostram o contraste entre o exuberante Troufa e o triste profissional que se empolga, impressiona e inspira com o prédio (...) da foto acima.

Ao lado, o topo sul de um edifício da autoria de Troufa Real, com um grafismo de belo efeito (distorce ou reforça a perspectiva), encimado por uma espécie de bibelot metálico de grandes dimensões.

Se o dito cai, arrancado por uma ventania numa noite mais tormentosa, não deve provocar poucos danos, não!

É de se dizer, literalmente:

SAI DEBAIXO!!!

14 comments:

player said...

Espero que saiba o autor do post que a arquitectura não é feita para ser empolgante, original ou inovadora, os arquitectos não são artistas plásticos. E a forma como fala da Unidade de Marselha de Le Corbusier e como demonstra que não compreende de todo aquilo que esse "prédio" significa para as bases da habitação da sociedade moderna (incluindo muito provavelmente o apartamento de onde escreveu este post) leva-me a sugerir-lhe que não volte a tentar falar de arquitectura, porque de facto comparar a Unidade de Marselha com a medonha torre de papel recortado com que ilustra este post é de uma barbaridade tal que só não digo mais porque é bastante claro que não sabe do que fala.

pedro f. jorge said...

e mesmo que os arquitectos fossem artistas plásticos, não seria com certeza esta tristeza que nos recebe na expo o melhor exemplo disso. É certo que longe vão os tempos em que a arquitectura também era suporte de belas intervenções de artistas plásticos de renome, mas tristemente, não é este o caso.
Esqueça as estrias e o bibelot (que palavra tão bem escolhida...) e vê algo que do mais triste se faz, um mamarracho feito de uma sucessão de janelas iguais à moda da mais triste habitação social. Comparar Troufa Real a Corbu é ilusório porque o primeiro nem arquitecto deveria ser considerado e o segundo fez da habitação social aquilo que o primeiro não consegue em habitação de luxo na expo.
As suas 'doutas' opiniões guarde-as para o que sabe e não para o que pretende saber.

Marques Correia said...

Oh! Oh! Oh!
Dois inteligentes arquitectos da nossa praça descem a terreiro na defesa do Mestre e na condenação do ignorante que ousa opinar sobre um assunto do foro exclusico dos Arquitectos!
Ó sr Pedrinho Leitão, "atão" o amigo nunca ouviu (nem leu...) como arquitectos de renome (com prémios, obras que "a gente" não pode deitar abaixo, e sucesso a rodos) se insultam e acusam mutuamente de ignorância na praça pública ou em locais mais reservados?
O amigo (?) pretende cercear a liberdade dos pobres mortais como eu falarem de arquitectura, já que mais não fosse como parte interessada, utentes que somos dos apartamentos (ou "unidades habitacionais") feitas pelos arquitectos, grande parte das vezes sem ligarem pevide ao que o comprador do apartamento quer, gosta, precisa. Acha isso bem?
Eu acho péssimo! Vocês preparam-se para arranjarem soluções para os nossos problemas de habitação (nos planos individual e colectivo) de preferência integrando os vossos objectos urbanos numa todo harmoniosos, etc, etc. Mas olhe que esses problemas que vocês são supostos resolver são problemas nossos. Como não falar sobre eles? como não apreciar, criticar as soluções que nos arranjam?
A sua atitude arrogante e enfatuada não me incomoda nada de nada: é típica dos pretensos "sábios", cheios de si e de auto-satisfação, incapazes de explicar aos leigos os altos conceitos com que ganham a vida.
Pobres patetas... eheheheheh!

Unknown said...

Meu caro... o único pretensioso aqui é você... Falar do que não se sabe, sem conhecer o assunto é coisa de pretenso "sábio", como refere. E nesta situação o único leigo no assunto é você.
Sublinho as palavras dos meus dois colegas... A Unidade de Habitação de Marselha foi um dos primeiros modelos de habitação colectiva que resolveu, numa área extremamente limitada, problemas de luz, espaço e organização - coisas que o senhor refere como problemas do homem comum - categoria na qual todos os arquitectos se inserem. O que ache pena, acima de tudo, é que venha para aqui em defesa de um arquitecto que nada mais nos últimos anos que oferecer projectos de igrejas para forçar as suas vontades e ideias em projectos que nada pediam do que foi feito - se não compreende ao que me refiro, faça-me o favor de ler este artigo: http://www.publico.pt/Local/restelo-ja-tem-igrejacaravela-apesar-de-toda-a-contestacao-1522899 . E mais. Deverá compreender então que num só post defendeu um arquitecto que se recusou seguir as directrizes do que lhe foi pedido e deitou a baixo (ou pelo menos tentou) um homem que conseguiu cumprir exactamente aquilo a que os párocos da entrevista acima referida pareciam pedir. Aconselho-o a visitar, portanto, a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, perto do Marquês de Pombal, que é da autoria do arquitecto Teotónio Pereira. Se tiver interesse em se informar sobre o assunto poderá encontrar mais.
Faça o favor a você mesmo de ouvir mais e berrar menos...

Vieira said...

quem publica um artigo deste género com tal conteudo é de quem não percebe minimamente do que está a falar. por vezes é melhor estar calado do que dizer disparates.

sista said...

vê-se que não sabe do que fala...não vim aqui defender um arquitecto ou condenar o outro (embora tenha, de facto, uma opinião formada acerca de cada um deles) vim, antes em jeito de desabafo...: ainda bem que o autor desta pseudo-crítica/"análisezinha" não projecta "prédios" ou quaisquer outros volumes arquitectónicos, senão imagino o que seria! Por certo andaríamos todos a desejar que "uma espécie de bibelot metálico de grandes dimensões" nos caísse em cima!

Anonymous said...

Meu caro, sou estudante de arquitectura e tenho apenas 3 anos de aprendizagem, e o unico pretensioso sábio que vejo aqui é você. Quando li o seu post nem sabia se me havia de rir (tal o tamanho dos dispirates) ou de ter pena, porque na verdade é esse o sentimento que o seu comentário provoca. Em primeiro lugar deixo-lhe duas propostas de leitura, que lhe deverão abrir os horizontes e fazer-lhe entender o que é a arquitectura:
"Da organização do Espaço" de Fernando Távora e "Saber ver a Arquitectura" de Bruno Zevi.
Em segundo lugar, a critica que faz ao edificio do arquitecto Le Corbusier é nitidamente baseada numa pesquisa que varia entre o Google, a Wikipedia e uma Imagem da fachada. Obviemente o senhor nada sabe sobre o contexto sobre o qual o edificio foi construido nem os objectivos que ele procurava responder. Uma das primeiras lições que Bruno Zevi lhe ira ensinar é que um edifício se não se resume à fachada. A arquitectura é para as pessoas, nisso tem toda a razão, mas o que o senhor está a fazer é a fazer uma observação sobre um edifício que provavelmente não visitou, onde não viveu, e sobre o qual não tenho conhecimento para fazer um comentário.

Marques Correia said...

Chiiiiii, mas que corropio de sumidades ou futuras sumidades que zurzem num simples cidadão que ousa comentar objetos urbanos que existem no espaço público.
Nele, para além das sumidades que comentam, todos nós vivemos, observamos, levamos com os mamarrachos em cima ou (vá,lá...) deleitamo-nos com algumas coisas belas que plantam no espaço público e que nos adoçam a vista.
Não era preciso ser muito honesto nem bem intencionado para perceber que toda a minha apreciação era do objeto (volume, formas e linhas, côres, detalhe exterior) e não de qualquer funcionalidade que tornasse o mamarracho do São Corbusier numa "unidade de habitação", e não num prédio como, na minha ignorância (eheheheh!), lhe chamei.
Posto isto, está pronta (quase pronta?) a igreja caravela do arq Troufa Real contra a qual o vosso caquético colega se encarniça.
Mas, caríssimos, são arquitetos, podem pronunciar-se.
O cidadão tem que se reduzir à sua insignificância e ficar calado ante a infinita sapiência das eminências.
Tchhhhhhhhh...

said...

pense na sua figura neste post e subsequentes comentários, como alguém que, cheio de soberba, defende a música do Iran Costa, mas que sobretudo (e este é o problema do seu texto) apelida de cinzentona e decrépita a música de Mozart, Bach, os Beatles, o fado!, e até abre uma grande chaveta para lá colocar toda a restante música contemporânea que não a música pimba.

não é preciso ser-se arquitecto ou músico ou escritor ou futebolista para não se ser completamente cego relativamente ao que o rodeia, só é preciso pensar, que pensar não dói, e procurar instruir-se acerca daquilo que se pretende abordar. você faz aqui a apologia da ignorância, cheio de orgulho e sarcasmo. ninguém critica o facto de falar de arquitectura, apesar de insistir nesse argumento inválido. criticaram sim a sua opinião assumidamente superficial e infundada, e nos moldes patetas em que a fez e respondeu às pessoas.

Vespinha said...

Não sou arquiteta mas interesso-me pela arquitetura enquanto cidadã.

E acho um crime o que o autor do blogue diz sobre as unidades habitacionais de Le Corbusier. Porque fala sem saber. Pesquise um pouco mais sobre esses edifícios, por favor. Descubra os seus interiores, a sua organização como unidades autónomas, e faça pelo menos um esforço para perceber como Corbu revolucionou a habitação no século XX.

Em Portugal temos também outros muito bons, como Teotónio Pereira, Nuno Portas, Daciano da Costa e, mais recentemente, Siza ou Souto Moura. Arquitetos que olham a arquitetura com a função que a meu ver ela deve ter: servir o cidadão e não os seus egos e vontade de dar nas vistas.

Curioso como não sabia quem tinha projetado este edifício na Expo, que considero de bastante mau gosto. É então de Troufa Real? Isso explica tudo.

Anonymous said...

É o problema de navegar na net. De repente abrimos a janela errada e pimba! Deparamo-nos com o blog do Sr.Marques. Pensar não dói, diz o Sr.Marques. Ai, ai, diz o sr.Marques. Ai, ai, dizemos nós, que tanto dói ver tanta ignorância e parvoíce à solta!

Marques Correia said...

Vespinha, Vespinha, nada do que escrevi de início e do que tenho tido a pachorra de responder aos emproados sabichões se refere ao interior. Apenas ao objeto, 'tá a ver?, o volume, a forma, a cor, as linhas, percebe?
Quanto ao anónimo, nem vale a pena responder-lhe - limita-se a atirar com a parvoíce e ignorância...
Escreva o seu nome direitinho (tem um?) e já lhe respondo.

Anonymous said...

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Anonymous said...

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