Wednesday, November 19, 2008

Le Déserteur

A Antena 1 anda há um monte de tempo com um programa matinal, "as músicas da minha vida", em que uns cromos escolhidos debitam umas banalidades sobre os motivos que os levaram a eleger 4 ou 5 canções como as canções das suas vidas.

Volta não vira acontece o inesperado. Há pouco tempo entrou-me o desaparecido Brassens pelo carro adentro (num post mais abaixo); esta manhã (ontem, mais precisamente) deparei-me, assim de chapada, pela mão do Luis Filipe Costa, com "le déserteur" que já não ouvia há uma porrada de tempo. Em boa verdade já nem me lembrava que existia...

Aqui fica Le deserteur. Enjoy!

A versão não é a original, fanhosa e só com viola, mas é o mesmo Boris Vian (pouco mais velho, morreu 5 anos depois de fazer a canção), com um arranjo musical mais elaborado, mas o poema, um tanto naïf, esse está aí todinho.

É preciso lembrar à malta mais nova (e à da minha idade, já esquecida) que nos anos 50 (a canção é de 1954) as duas guerras mundiais estavam ainda bem vivas (ainda havia velhos gaseados na Grande Guerra), principalmente na França e Alemanha que em 70 anos estiveram envolvidas em três guerras que marcaram a grande maioria das famílias de ambos os países a ferro, fogo e sangue.

Para quem nasceu ou vive a sua juventude na Comunidade Europeia custa imaginar que há pouco mais de meio século a civilizadíssima Europa era palco de guerras fraticidas, era pasto de ódios tão intensos quanto os que, ainda hoje, encontramos na antiga Jugoslávia, entre servios, croatas, bósnios, etc, e pensamos: que primitivos...

Sobre o Boris Vian veja mais.

12 comments:

Fátima Santos said...

aqui está para recordar

Fátima Santos said...

e a guerrinha deles en Algérie? e a nossa guerrinha nas colónias?! ---estávamos lá, foi há poucos aninhos...

Marques Correia said...

Foram guerras coloniais, isto é, longe das metrópoles.
A guerra franco-alemã (1870), a Grande Guerra e a 2ª Guerra Mundial, foi "dentro de portas", com tropas a entrareme a saírem deixando tudo arrasado na padssagem, agravado, na 2ª Guerra pelos bombardeamentos mais ou menos maciços.
As perdas civis (mortos, estropiados e feridos) durante as nossas guerras de África foram em número muito, muito reduzido; mesmo as perdas militares o foram (cerda de 9000 mortos, incluindo quade 2/3 em acidentes variados). Uns escassos 1/1000 da população do País, ao longo de 14 anos.
As perdas na Alemanha e na França, são de uma escala completamente diferente, para além dos territórios devassados, bombardeados, ocupados.
Um horror!!!

Marques Correia said...

Fátima, o link que deixaste leva-me a um blog onde só se entra por convite.
Não estou interessado em lá entrar.
Que impeçam os comentários ou os filtrem (chamam-lhe "moderar") eu ainda percebo; não o faço, mas compreendo.
Que só se entre só por convite, francamente, que vão para a puta que os pariu!

Fátima Santos said...

ms para qu~e tanta bruteza, senhores?!! o link é de um blogue que eu tenho apenas para guardar e enganei-me a dar o link
porra!! toma se queres depois de tanto mal dizer..chiça que mau feitio!!
ESTE, SE DER

Marques Correia said...

Bruteza, my ass!
Afinal que raio de blog é aquele? Alguma coisa da Mafia, da confraria do avental & compasso?
Que coisa esquisita... pq os p!

mac said...

Não sejas ranzinza, era só uma arcazita privada...
A rapariga até te escancarou a porta (a bem dizer destruiu à martelada a fechadura, que agora entra qualquer gato vadio como eu), vai lá que vale a pena!

Fátima Santos said...

é da natureza, não tem cura que valha cunhada...

mac said...

Nopes, da natureza não é. Talvez da azia.

Marques Correia said...

...só se fôr azia provocada por portas fechadas para cuja abertura é necessário mostrar uma qualquer pate blanche.
Ou ainda pel'
"... os que trazem fechaduras
com portas para espreitar
e outros que em nome da paz
não me deixam nem olhar
"

mac said...

Touché...

Marques Correia said...

Poça, estás a dar pouca luta: nem dizes que o Zé Mário foi metido um bocado à pressão, nem nada...