Monday, February 19, 2007

No rescaldo do referendo - os alhos e os bugalhos...

Parece que, afinal, Nª Senhora não terá ficado tão triste como a padralhada dizia. Conhecida pela sua bondade, terá até ficado aliviada com as hipóteses que as mulheres passarão a ter de evitarem uma gravidez indesejada sem terem que ir a Espanha ou ao vão de escada.

Ou sem terem de meter mais filhos desgraçados neste mundo onde a malta do NÃO se desmultiplica, em tempo de referendo, em ofertas de toda a sorte de apoio, logo esquecidas após o fecho das urnas. Safa-se a Igreja, vá lá!

A Igreja sempre disse, até há uns séculos, pelo menos, que a alminha só entra no corpo quando a criança nasce. Por isso nem sequer resultam anjinhos dos abortos que se fazem. Recordo que as fazedoras de anjinhos não eram todas as abortadeiras, mas as que avia(va)m as crianças (não fetos) logo após o nascimento.

Os Camones andam preocupados com a possibilidade de o feto sentir dor e consideram a hipótese de legislar no sentido de o anestesiar antes de se fazer o aborto. Parece gozo, mas naquelas cabecinhas tontas cabe tudo e mais umas botas. Além disso, vão quarenta anos à nossa frente no que toca a estas coisas. A lógica até se alcança e é a mesma que levou os amigos dos animais (Animal, Peta, etc, etc) a obterem uma alteração dos métodos de abate das vacas, pelo menos da Europa, de modo torná-lo indolor.

Matar sim, mas sem dor! Claro que o passo seguinte (vão ao site da ANIMAL, cliquem na multidão de links sugestivos, gentes!) é privar-nos do bife, do leite, dos ovos e da manteiga, que aquela malta não brinca em serviço!

Será que a padralhada, mais a rapaziada do NÃO, vão também exigir que se lhe dê (ao feto) a extrema unção antes do aborto ser feito e que, feito aquele, lhe seja dado um enterro cristão? A Associação Portuguesa de Funerárias e Afins assim o exije e esfrega as mãos antevendo os lucros!

Acho que a questão de definir o momento da entrada da alma no corpo (do feto, da criança?) está outra vez na ordem do dia, a menos que a Igreja, numa de modernaça, assobie para o lado ante tão arcaica questão...

No comments: