Saturday, March 25, 2006

A Energia Nuclear

Finalmente, décadas após a recusa da central em Ferrel e do slogan (redutor, quase acéfalo, como o são todos os slogans) NUCLEAR NÃO, OBRIGADO, a discussão voltou, pela mão do empresário Patrick Monteiro de Barros., que quer investir no sector.

Sendo os argumentos principais dos movimentos ANTI NUKE o perigo latente de explosão/contaminação ambiental e o destino a dar aos resíduos (de funcionamebnto e de desmantelamento), faz todo o sentido fazer o ponto da situação sobre o "estado da arte" neste capítulo. Pelo menos de 30 em 30 anos...

Por outro lado, é preciso comparar o perfil da produção de energia eléctrica actual com o de antanho, nomeadamente o nível das reservas de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural), a participação das energias renováveis (principalmente a eólica, que teve um grande desenvolvimento no período), o aumento das necessidades de energia (o papel da China e da Índia neste capítulo).

Remexendo tudo, perceber se os reactores nucleares têm (ainda) um papel a desempenhar, se são o futuro ou se devem esperar a sua oportunidade no caixote do lixo da história ou, vá lá, na preteleira.

A pior atitude é mesmo a de recusa liminar a discutir o assunto, a pensar (afinal pensar não é um acto tão doloroso assimm...) e voltar a tapar o pensamento e calar a discussão com cartazes de NUCLEAR NÃO, OBRIGADO.

...ou escrever textos como a pérola que vos deixo:

http://gaia.org.pt/?q=node/148

3 comments:

Anonymous said...

Puro senso comum, ne'? O problema e' a raridade do dito...

Qual e' o teu email agora?

Liciniordrigues@sbcglobal.net

Fátima Santos said...

um texto simples, sensato, simpático...inteligente*. Gostei. Um bom resto de domingo, irmão!

* o TEU carago que não restem dúvidas que o linkado é um ... coitado...

Anonymous said...

Caríssimos,

A minha opinião sobre este assunto é favorável às centrais nucleares (parece-me que o futuro está no nuclear, em particular nas centrais de fusão, limpas mas ainda não operacionais).

Tenho dúvidas se será uma solução económica para Portugal, tendo em conta que o potencial eólico está muito, muito longe de estar realizado e mesmo no campo das hidroeléctricas o potencial está longe de ser atingido (“graças” à tontice dos ecologista, que Deus os guarde).

Sobre a segurança dos reactores nucleares deve ter-se também em conta as centenas de unidades instaladas em submarinos, porta-aviões e outros barcos de guerra, sem grandes transtornos, para além do submarino russo (não me lembro do nome) acidentado há poucos anos. É verdade que a tropa é um bocado fechada e esconde sempre o que fôr possível, mas um grande acidente, com mortos e perda do navio, é impossível de esconder, mesmo na antiga sóvia.

Ou seja, Chernobyl e um submarino russo (sub financiado, mal mantido e com equipamento obsoleto) parece-me muito pouco para se dizer que a energia nuclear é insegura.

O resto é especulação sobre o que poderia ter acontecido, mas não aconteceu...

José António Marques Correia