Monday, April 04, 2005

Morreu o Papa

Finalmente aconteceu o que já era esperado mas que ainda chocou (?!) muita gente: o Papa morreu.

Como dizem os romanos, "morreu um Papa, faz-se outro" e a Igreja continua.

Mas os últimos dias foram, para o desgraçado cidadão, uma chatice pegada. Antes de o homem morrer, os abutres dos media procuravam depoimentos bombásticos, fiéis a chorar, famílias unidas pelo fervor da oração por João Paulo II, peregrinos em Fátima de propósito para rezar pelo Papa, enquanto que as estações nos massacravam com a faladura dos Padres Melícias e Feytor Pinto, mais o Frei Bento Domingues (mais comedido), mais o Padre João Seabra, mais o monsenhor Belo, mais ...

Os noticiários enchiam-se da não notícia da morte esperada e de filmes e filmezinhos sobre o Papa enquanto tal ou enquanto menimo/homem/padre/bispo/cardeal Woitila.

Finalmente, com a morte do Papa, há alguma esperança de o folhetim ter fim à vista e de acabar esta seca!

Não deixaram o homem morrer em paz, ao menos que nos deixem a nós viver em paz.

2 comments:

Anonymous said...

Grande curiosidade poderá haver quanto a figura do novo Papa.Se o anterior foi escolhido, como se sabe, para acabar com o Comunismo,será interessante observar o que nos dirá o perfil do próximo(s).Por pura especulação a sua missão será: Converter a China? moldar a América Latina ou África,ou agir de forma decisiva "contra" o Islão.Muito interessante seria elaborar mais exaustivamente sobre estas hipóteses de análise.Relativamente ao Islão suspeito que esta deverá ser uma questão que vai estar muito presente. A Igreja sempre soube ler os "Sinais dos Tempos",e o que está em causa no Ocidente poderá ser o fim da nossa matriz Judaico- Cristã.É uma questão bem real.Se o Islão e o Judaico-Cristianismo podem concordar com o Monoteísmo teísta em abstracto, há uma diferença abissal quanto ao entendimento das práticas sociais, nomeadamente quanto aos sistemas políticos, ao papel da mulher,aos direitos humanos e a muitas outras questões de matriz civilizacional.Poderão parecer "apenas" questões culturais, teóricas, poéticas ou líricas.Não o são, contudo.São questões que não podem ser ignoradas, sob pena de se tornarem perigosamente reais.Como aliás se tem visto.
Também poderá haver, da parte do "Colégio Eleitoral dos Cardeais",uma opção de transição.Poderá ser esta uma forma do Vaticano lidar com a mudança, ou de testar qual deverá ser o sentido de uma escolha futura mais sólida num sentido ou noutro.Esse eventual pequeno interregno ajudaria também o Vaticano a esbater a memória forte que este Papa indiscutivelmente deixou.Com uma figura que encarne o interregno ou não são tudo especulações.Como já alguém disse,às vezes nem o Passado é previsível.

CC

Anonymous said...

Mas que merda de treta mais pretensiosa e intelectual!

O Papa até já fez milagres, ele que terá sido salvo pela virgem Maria de Fátima quando o turco lhe amandou uma fogachada no bestunto.

Tá visto que o polaco vai ser feito santo em menos de um fósforo e os milagres vão ser mais que muitos.

Entre verdadeiros, completamente inventados e retocados, vai ser um corropio.

Viva o São Woitila, futuro padroeiro das polacas!

VIVA!!!!!