Tuesday, January 11, 2005

ELEIÇÕES NA APOIAR - IV

Lamento não poder ainda apresentar as listas candidatas aos Corpos Gerentes da Apoiar. Fui ao fim da tarde à sede da Associação e, para meu espanto a única lista afixada continuava a ser a Lista A.

Há pouco, em casa de um amigo, mostraram-me um manifesto da lista B.

Só amanhã mo emprestam e então, sem falta, publicarei ambas as listas neste BLOG.

Entretanto, posso adiantar o seguinte: a Lista B é mesmo a lista de continuidade. O programa é assinado pelo Mário Gaspar, Presidente cessante, o qual figura também como mandatário da lista. Os candidatos têm fotografia, uma cada um, mas o Mário Gaspar tem direito a duas...

Um facto muito curioso é que grande parte da Lista B é constituída por sócios de fresca data. Por exemplo:

Para três cargos muito importantes, Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Vice presidente da Direcção e Presidente do Conselho Fiscal são propostos sócios admitidos em Dezembro de 2004, pelo que, no dia da eleição, terão pouco mais de um mês (repito: UM MÊS!!!) como sócios.

Para Tesoureiro, talvez o cargo de maior responsabilidade, é proposto um sócio admitido em Novembro de 2004: terá pouco mais de dois meses de sócio no dia da eleição!

Para 2º Secretário da Mesa da A. Geral, é proposto um sócio também ele com pouco mais de 2 meses "de casa".

Antigos, antigos, naquela lista, apenas os sócios Armando Santos e António Marques (ambos com nº de sócio inferior a 50), Rolando e Joaquim Santos, salvo erro, pois não tenho aqui o manifesto daquela lista.

A pergunta óbvia é a seguinte:

Por que será que uma lista patrocinada ou integrada pela actual Direcção não consegue captar sócios antigos e tem que integrar sócios com dois meses, e menos de dois meses, para cargos de muita responsabilidade? Porquê?!

Quanto à Lista A, integra ou é apoiada por dois médicos de créditos firmados e obra feita no tratamento do stress de guerra. Integra um antigo presidente da ADFA, da ACAPO e de uma associação internacional de deficientes, tendo sido condecorado pelo Presidente da República pelo seu trabalho em prol dos deficientes. Na generalidade, a lista A compõe-se de pessoas com anos e anos de luta pelo reconhecimento dos direitos dos ex-combatentes. O sócio mais moderno da lista foi admitido em Agosto de 2003.

Isto deve querer dizer qualquer coisa. Não?!

4 comments:

Anonymous said...

Realmente o sr. Marques Correia, não acredita neste país.
Muito menos nas novas gerações, que será feito dos nossos filhos.

Acompanho a Apoiar á muito tempo, mesmo não sendo sócio.

Possivelmente teremos que tentar mudar ideias antigas, como por exemplo:

A ideia do sr. Carlos Vicente(candidato a estas eleições)que propôs em Direcções anteriores que dois directores passassem a ter venvimento.

Mais toda a gente sabe que o sr. José Arruda, é contra o Stress de Guerra.

Ou outra pessoa que quando estava no jornal queria colocar artigos sem que estes fossem revistos pela administração.

Realmente á que defender a Apoiar, com novas ideias, para bem de todos os sócios, nem que para isso alguns dinossauros tenham que sair dos corpos sóciais.

Vamos elevar a Apoiar

Anonymous said...
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Anonymous said...

Meu caro anónimo,

no seu comentário critica o Carmo Vicente por defender (como eu defendo, aliás) que os cargos de direcção (que exijam permanência na APOIAR) devem ser pagos, referindo que, transcrevo, "teremos que tentar mudar ideias antigas, como por exemplo", e seguem-se, entre outras a que acima refiro.

Então o meu amigo só pode estar contra a Lista B! Nessa lista, não só o Presidente cessante recebe vencimento, como, nas condições "esquisitas", para não dizer pior, que tenho vindo a descrever, promoveram a mudança dos estatutos para que o Tesoureiro também o possa receber.

Esse foi e é o pomo da discórdia que se arrasta sem solução à vista desde há vários anos.

Acorde, amigo!

Venha connosco e ... Vote na LISTA B!!!

Marques Correia

Anonymous said...

A questão de fundo é que quando os directores passam a receber vencimento pelo seu trabalho tornam-se subsidio dependentes. Passam a pensar mais nos tachos do que nos beneficiários.

Outro problema é que uma Instituição de SOLIDARIEDADE (IPSS) deve funcionar essencialmente dessa SOLIDARIEDADE. Como pode uma Direção pedir trabalho gratuito a VOLUNTÀRIOS se eles próprios não o fazem. Perdem a moral porque se trata de uma IMORALIDADE. É assim que a gente simples do POVO pensa e age. São valores universais que vêm dos confins da História. E, contrariamente ao que muitos apregoam, ainda há muita solidariedade neste mundo.

Por isso meu caro anónimo, deite esse ódio todo fora e venha ajudar os nossos camaradas que nada têm! Não têm uma família! Não têm emprego! São escorraçados como animais! Venha dar-lhes um ombro amigo. E quem sabe se o dinheiro que se poupa com os directores talvez dê para comprar alguns comprimidos a esses homens.

O pão que sobra à riqueza
distribuído pela razão
matava a fome à pobreza
e ainda sobrava pão

António Aleixo

Há sempre alguém mais pobre do que nós!

Só mais uma coisinha!

Nós somos doentes e, como tal, não temos saúde para estar a tempo inteiro na APOIAR. Mas também não é preciso. Basta que se distribuam as tarefas, se faça uma escala de serviço. É assim que as IPSS, dignas desse nome, funcionam. Mas há quem as confunda com empresas privadas, como coisa própria, onde há patrões.

Não meu amigo as IPSS são para, e exclusivamente, os seus beneficiários que neste caso são: OS EX-COMBATENTES VÍTIMAS DE STRESS DE GUERRA.

Roque